
Desde 1972, o projeto Landsat, da NASA, tem como principal missão de observar a terra. Até hoje, milhões de imagens já foram produzidas pela família de satélites que tem papel fundamental na utilização e aperfeiçoamento dos algoritmos desenvolvidos ao longo dos últimos 30 anos de pesquisas na área de sensoriamento remoto.
No dia 11 de fevereiro foi lançado da Base da Força Aérea norte-americana de Vandenberg, em Lampoc, na Califórnia, o oitavo satélite da série. O Landsat 8 está em fase de comissionamento e ficará em testes durante três meses. Depois disso, o controle operacional será transferido para a USGS. Os dados serão arquivados e distribuídos gratuitamente na internet, em um processo previsto para começar dentro de 100 dias depois do lançamento.
O Landsat 8 é mais avançado que seus antecessores. Possui dois instrumentos imageadores, sendo um deles um sensor ótico (OLI – Operational Land Imager) com duas novas bandas, uma para observar nuvens de alta altitude (cirrus clouds) e outra para observar a atmosfera e a qualidade da água em lagos e águas costeiras rasas (coastal /aerosol).
O outro é um sensor infravermelho termal, chamado TIRS (Thermal InfraRed Sensor). Ele gerará dados em duas bandas termais, em comparação com uma única banda termal em satélites Landsat anteriores, e será muito utilizado para monitorar o consumo de água, especialmente em regiões áridas dos Estados Unidos.
Os instrumentos usam tecnologia mais avançada para melhorar a confiabilidade, sensibilidade e qualidade dos dados.
LDCM é o melhor satélite Landsat já construído. Prevejo o surgimento de novas aplicações com uma demanda crescente para os dados, disse Jim Irons, cientista do projeto LDCM da Nasa.
Foram divulgadas, ontem, as primeiras imagens do oitavo satélite da série, que carrega combustível para dez anos de trabalho, operando a mais de 700 quilômetros de altitude, dividindo os trabalhos de imageamento com o Landsat 7, na ativa desde 1999.
As imagens foram coletadas no dia 18 de março, 1:40 pm EDT (5:40 pm GMT) e mostram o extenso reservatório Horsetooth, fonte de água potável da cidade Fort Collins, no Colorado. Uma mancha escura do incêndio florestal de Galena é visível imediatamente à esquerda do reserva
(Esta imagem mostra a cor natural, criada a partir das bandas espectrais 2 (azul), 3 (verde), e 4 (vermelho) do sensor OLI)
(Esta imagem foi criada a partir das bandas espectrais 3 (verde), 5 (infravermelho próximo), e 7 ( infravermelho de ondas curtas 2) exibido como azul, verde e vermelho, respectivamente , do sensor OLI )
A antena de recepção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) localizada em Cuiabá, capta desde os anos 70 os dados brutos gerados e transmitidos pelos satélites da família Landsat de todo o território brasileiro, o que representa um enorme e único acervo de dados sobre o Brasil e nós, da AMS Kepler, estamos adaptando o sistema MS3 (Multi-satellite Station System) para receber e processar os dados do Landsat 8.
(Sistema completo para estação terrena de satélites de Sensoriamento Remoto)
Em celebração à primeira imagem captada, a NASA publicou um release com dados sobre o mais novo satélite de observação da Terra que você pode ler AQUI!