Profissional do futuro

Por Antonio Machado e Silva

O Prof. Silvio Meira, da Universidade Federal de Pernambuco e cientista-chefe do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), do Porto Digital, deu uma bela palestra ao jornal O Globo, em comemoração aos 20 anos do caderno Boa Chance. Recomendo fortemente, mais do que a leitura da matéria, o vídeo com a palestra em si.

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Ele apresenta pontos de vista muito interessantes:

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1.)    “A vida útil de um engenheiro é de 5 anos (caso ele não se mantenha aprendendo).

Qual é o tempo de vida em outros mercados? O tempo em que o futuro leva para chegar até o profissional, sem que o profissional tenha chegado no futuro”.

“TEMOS QUE CHEGAR NO FUTURO ANTES QUE ELE CHEGUE NA GENTE”.

Ou seja, invista na sua educação, pois as universidades estão formando profissionais para o futuro enquanto você está trabalhando no presente. Como veremos à frente, isto tem que ser feito, pelo menos parcialmente, dentro das empresas.

Por conta disto, Silvio Meira diz algo que destaco como muito importante:

2.)    “Os profissionais precisam fazer três coisas, que são aprender, desaprender e reaprender. E desaprender é muito mais complicado e dá mais trabalho do que aprender”.

Com os constantes avanços tecnológicos, para você incorporar novos conceitos, principalmente quando estes rompem paradigmas estabelecidos, muitas vezes é mais eficiente desaprender e reaprender.

“O mercado está em constante transformação. e estas transformações criarão novos níveis de exigências para todos nós”.

Como o aprendizado contínuo é condição necessária para que um profissional se mantenha valorizado, as empresas devem agir como escolas. Segundo Meira, as empresas de tecnologia já realizaram que as pessoas devem trabalhar em vários lugares, compartilhando conhecimento. É bom para todo mundo. Ou seja, o conceito de emprego está mudando sensivelmente.

3.)    “O que se chamava emprego agora se chama oportunidade de geração de valores. Ninguém mais terá empregos. Com sorte, teremos trabalho”.

Neste ponto, as empresas e os profissionais terão que desaprender o modelo antigo e aprender o modelo novo. As relações de confiança, de confidencialidade, terão que ser revistas neste cenário em que as pessoas “passam” pelas empresas, gerando valor e aprendendo para se manter em nível competitivo. A troca não é mais apenas dinheiro por trabalho.

“A BOA EMPRESA TEM QUE SER UMA BOA ESCOLA. SE NÃO ESTÁ APRENDENDO NADA, PEÇA DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA”.

Prof. Silvio Meira conclui com um conjunto de perguntas, que ele faz quando está interessado em alguém, e que você deve responder honestamente para saber se você despertará interesse nas empresas relevantes. Muitas vezes as respostas a estas perguntas são mais importantes que o currículo profissional.

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você É fácil de ser encontrado?

   você É simples de ser usado?

      você É ágil?

         você É flexível?

            você É eficaz?

               você É eficiente?

                  você É econômico?

                     você É móvel?

                        você É útil?

                           você É autêntico?

                              você É …?