
Tive a oportunidade de visitar o Pier Mauá no último dia da Rio +20. Fui acompanhada do meu diretor, Antonio Machado e Silva, da Beatriz Simplício e Jorge Santos, ambos da área GIS da empresa.
O Pier Mauá e seus Armazéns me encantaram. Na verdade, acredito que não há quem não se encante com toda aquela vista privilegiada da Baía de Guanabara.
Fomos direto ao Armazém 4, também conhecido como Armazém da Popularidade onde o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação desenvolveu atividades diversas sobre os temas da conferência. Esse galpão foi dividido em três espaços: Biodiversidade, Exposição dos Biomas do Brasil e Ciência Pop. Todos eles super interativos e didáticos. Havia telões espalhados e várias telas touchs e tablets à disposição dos visitantes que desejavam entender melhor a respeito de determinado assunto.
Logo nos deparamos com um mega espaço dedicado a Biomas do Brasil. O IBGE foi responsável pela instalação do Mapa de Biomas que foi aplicado no chão. Não tinha uma pessoa que não parece para apreciar a imagem iluminada do território nacional.
Eu e Beatriz Simplício
Como eu já havia pesquisado na internet antes de ir, achei um tour virtual bem bacana (http://www.eravirtual.org/biomas/) que super indico para quem não pôde conferir ao vivo e a cores. Gostei muito do local que foi todo ornamentado com plantas e ilustrações com mascotes de cada região. No final, me surpreendi ao ver a foto panorâmica tão falada. Uma imagem (e que imagem!) em 360º do interior da Floresta Amazônica com uma riqueza de detalhes impressionante.
Saindo dali entramos direto no espaço Pop Ciência, espaço esse muito visitado por professores e estudantes que podiam agendar visitas. Vimos a exposição de trabalhos de alunos do ensino fundamental e médio selecionados de feiras nacionais de ciência e de escolas do estado do Rio de Janeiro (eram mais de 80), o Planetário Inflável Digital e o espaço interativo onde centro de ciências e entidades científicas apresentaram, por meio de oficinas, experimentos e outras atividades ligadas aos temas da Rio +20.
Depois da pausa para o lanche (infelizmente não havia muitas opções para almoçar. Apenas um quiosque de pizza, outro de cachorro quente e um de comidas baianas – somente) fomos para os outros Armazéns. Fomos ao 1, Sociedade Civil, e depois ao Armazém 3, da Finep. Passamos pelo Armazém 2 que estava interditado mas na volta parei para conversar com os seguranças para saber o motivo. Segundo eles informaram, os ativistas do MST (Movimento dos Sem Terra) ingressaram nesse Armazém como visitantes mas espalharam tinta vermelha em uma maquete, picharam paredes e colaram cartazes em protesto pela reforma agrária e contra o uso de agrotóxicos. Seguranças do estande e policiais militares foram acionados para conter a ação sendo o espaço então fechado.
Ciente já do ocorrido, passeio óleo de peroba no rosto e pedi ao mesmo segurança que tentasse chamar algum responsável que pudesse liberar nosso acesso já que Antonio Machado (o diretor) estava interessado em ver o local. Depois de ter falado com mais duas pessoas, fomos liberados.
Realmente ainda tinha resquícios do episódio do dia anterior mas pudemos ver como foi bem montado esse Armazém 2. Estandes grandes, interativos (com jogos, inclusive), imagens holográficas, cortina de vapor no espaço do Ministério da Integração Nacional, uma mega maquete com plantação de eucaliptos e até mesmo duas cabines de tratores usados em colheita mecanizada. Chegamos a conversar com o Marcos Haerter, da Unitec, um gaucho (daqueles que apertam a mão com força) que estava sentado dentro de uma das máquinas, que falou sobre agricultura de precisão e a relação entre as tecnologias de automação, monitoramento por satélite e o modo como elas facilitam a colheita e processamento dos dados em trabalho de campo. Segundo Marcos, hoje duas ferramentas são essenciais nesse processo: o GPS e os softwares de SIG (Sistema de Informação Geográfica). A partir de dados específicos das áreas geograficamente referenciadas, implanta-se o processo de automação agrícola, dosando-se adubos, agroquímicos e outras tantas coisas.
Na minha visão, a Rio +20 foi uma conferência que se não atendeu às urgências dos problemas enfrentados pelo planeta, serviu para aproximar a população do tema sustentabilidade. Toda a interatividade, os debates, seminários e exposições que movimentaram a cidade nesses dez dias de evento foram fundamentais na disseminação da consciência ecológica.
Se faltam decisões práticas, pelo menos algumas promessas importantes apareceram no texto final que tem 49 páginas.A partir de 2015, o mundo deverá adotar os objetivos do desenvolvimento sustentável, um conjunto de metas para gerar emprego e renda sem aumentar a destruição do meio ambiente.
Nós, da AMS Kepler, já demos o primeiro passo. Estamos, entre outras ações, seguindo os objetivos de desenvolvimento do milênio propostos pelo programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).E você, o que está fazendo para contribuir com o futuro que queremos?