
Na noite de 16 para 17 de dezembro do ano passado, foi lançado com sucesso o primeiro satélite Pléiades, da empresa europeia Astrium. No futuro, será lançado um segundo satélite para completar a constelação.
Algumas dúvidas cercam esse novo satélite, a começar pela grafia do nome: Pleiades (sem acento) é a forma adotada pelo CNES (Centre National d’Études Spatiales), enquanto Pléiades (com acento) é a forma adotada pela Astrium.
Mas a questão mais importante envolve a resolução espacial. No site do CNES a resolução nadir é de 0,70m no modo pancromático e 2,80m no modo multiespectral. No site da Astrium, essas resoluções são respectivamente 0,50m e 2,00m. Ou seja, não sabemos se ele está mais para o Ikonos ou para o GeoEye-1.
Em relação à resolução espectral, são 4 bandas tal e qual a maioria dos satélites de alta resolução espacial: azul, verde, vermelho e infravermelho próximo.
O Pléiades-1A apresenta uma boa faixa de imageamento (swath) para satélites dessa categoria: 20km.
A precisão geométrica prevista é excelente: 1m com pontos de controle e 10m sem estes.
O satélite terá capacidade de adquirir 2,5 milhões de km² por ano. Em cada órbita, a capacidade é de 30 mil km² (20×1.500) em modo contínuo, 120×120 km² no modo mosaico e de 20×300 km² no modo estereoscópico.
Parabéns pelo sucesso do lançamento.
Exemplo de uma das primeiras imagens adquiridas pelo satélite:
Musée du Louvre, Paris, France
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