
A estação do verão está associada a coisas boas, como férias, viagens, sol e praia. Ultimamente, o verão está ficando fortemente associado a tragédias. Estas se repetem ano após ano como algo inevitável, mais forte que qualquer ação que se tome para combatê-las ou evitá-las.
O que as empresas de geotecnologia podem fazer em relação a isso? Vender ou doar imagens de satélite é muito pouco, pois atua no sentido de se ter uma visão completa da tragédia e não de evitá-la ou minimizá-la. É preciso atuar para evitar ou reduzir os impactos provocados por enchentes, deslizamentos e desmoronamentos. É preciso acabar com as inúmeras mortes decorrentes destas catástrofes.
É público e notório que os mapas de risco são importantíssimos. Esses mapas precisam de dados topográficos, geológicos, geomorfológicos, pedológicos, de uso e ocupação do solo, entre outros. Todos os dados gerados por entidades públicas deveriam ser públicos, de acesso fácil e direto por qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado. Mas, infelizmente, nem todos os dados são disponibilizados publicamente.
Sistemas de simulação de enchentes são igualmente importantes. Novamente são necessários muitos dos dados citados anteriormente. É preciso que se conheça a extensão das enchentes caso o rio suba 2, 5, 10, n metros. É preciso que se conheça a velocidade com que o rio vai encher em função da intensidade e localização das chuvas.
Tem muito mais ainda e vocês podem ajudar nessa luta, com ideias, dados, sistemas, etc.
Aproveito para sugerir como um dos temas do próximo MundoGeo#Connect o uso de geotecnologias para mitigar os efeitos das mais que anunciadas tragédias de verão.
Temos muito a contribuir nessa área.